Taxistas fazem amanhã protesto contra uso do aplicativo Uber

Taxistas de todo o Brasil farão amanhã, quarta-­feira, manifestações contra o uso do aplicativo Uber no país. O protesto foi convocado pela Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi) e acontecerá às 10h.

Em comunicado à imprensa, a associação disse que o serviço é visto como concorrente desleal aos taxistas por violar leis locais.

Lançado em 2009, o Uber é uma das empresas iniciantes mais valorizadas do mundo, com um valor de mercado superior a US$ 45 bilhões. A companhia tem enfrentando a oposição de taxistas e já teve seu uso suspenso ou banido em várias cidades do planeta.

A companhia tem vários serviços. O mais famoso é o que permite que pessoas comuns ganhem para transportar outras. Outra oferta é o transporte em carros de luxo, dirigidos por motoristas particulares. Batizado de Uber Black, este serviço foi lançado no Brasil em maio do ano passado. Na maioria dos países, incluindo o Brasil, o transporte remunerado de passageiros só pode ser realizado por taxistas, que têm permissões especiais para isso.

“Estamos nos mobilizando para garantir o que a nossa lei nos confere e para proteger nossa atividade profissional, já bastante prejudicada pelo uso ilegal e irresponsável deste aplicativo. Esperamos que as autoridades públicas se atentem aos danos que este aplicativo causa aos taxistas e que tomem as medidas urgentes para pôr fim a essa prática”, disse o presidente da Abracomtaxi, Edmilson Americano.

Em comunicado enviado ao Valor, o Uber destacou que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma companhia de tecnologia que criou uma plataforma que conecta motoristas parceiros particulares a passageiros em mais de 300 cidades de 56 países. “A Uber acredita que os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades”, disse a companhia.

Para a Abracomtaxi, essa justificativa não é suficiente. “Eles que então ofereçam o aplicativo apenas aos taxistas legalizados”, disse Americano.

DATA

7 Abril 2015

FONTE

Valor Econômico