Seminário em SP mobiliza mais de 100 dirigentes do Setor de Transportes

Na quinta-feira (21/09) na colônia da FTTRESP (Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de SP) na praia-grande teve início a 1ª Etapa do Seminário “Ação Sindical – Como resistir ao desmonte da legislação trabalhista e impedir novos ataques” que foi voltada ao Setor de Transportes, reuniu mais de 100 dirigentes da categoria, membros do SINDBEB, SINDFICOT, SINDCARGAS, SINDROD, Sindicato dos Motoristas de Pitangueiras, SINDROD (Lins), SINDROD (Atibaia), SINDROD (Jáu), SINDROD (Jales), SINDROD (Assis), SINDROD (Piracicaba), SINDROD (Barra Bonita) SINDMOTO (Guarulhos), SINDMOTO (Osasco), SINDICATO DOS CONDUTORES DE AMERICANA, SINDICATO DOS CONDUTORES DE AMERICANA, SINCOVERO E SIMTRATECOR o evento também contou com a presença de membro da CUT e Secretário Geral do SINCOVERG (Sindicato dos Condutores de Guarulhos), Wagner Menezes (Marrom) que representou o Presidente Estadual da Central Única dos Trabalhadores, Douglas Izzo.

O seminário apresentou como tema central soluções para os sindicalistas continuarem a defesa da classe trabalhadora, com seu eixo voltado para os problemas enfrentados no setor de transportes após a vigência da Reforma Trabalhista e abordagem sobre os impactos jurídicos e sociológicos. A principal missão do seminário foi apresentar meios de garantir direitos revogados pelo desmonte da legislação através de acordos coletivos durante as campanhas salariais. O evento foi um guia para que os presentes pudessem aplicar em suas datas-base o que foi apresentado pelos expositores e esclarecer dúvidas.

Foram realizadas 3 palestras e mais duas rodadas de debate, o primeiro palestrante, Ilmar Ferreira da Silva do DIEESE, se encarregou de contextualizar a Reforma Trabalhista dentro do cenário econômico mundial, esclareceu que a principal agenda da reforma é reduzir a proteção institucional dos trabalhadores e aumentar a proteção dos patrões que se preocupam com sua própria segurança jurídica, disse também que infelizmente essa é uma tendência mundial e que para combater seus efeitos devemos repensar a forma como organizamos nossas campanhas salariais.

O DIAP representado pelo palestrante André dos Santos, trouxe a reforma trabalhista à luz de seus reais impactos na legislação e esclareceu que ao todo serão 117 artigos alterados pela nova lei e reiterou que a única real estabilidade garantida aos trabalhadores por meio de lei será através da Constituição Federal.

Para o nosso presidente, Luiz Gonçalves, o momento é crítico e deve ser levado com seriedade, reforçou que é o papel de todos os dirigentes sindicais ouvir os trabalhadores para juntos construírem uma pauta sólida de direitos onde o patrão não poderá colocar a mão, disse também que devemos ampliar a filiação dos trabalhadores, pois apesar do que o senso comum pode nos levar a pensar, o momento é valioso e de grande procura pelos sindicatos que emergem  como a única saída acessível para resistir o caminho de precarização do trabalho iniciado pela “deforma trabalhista”

O seminário foi encerrado com a nossa Assessoria Jurídica composta pelo Dr. Arnaldo Donizetti Dantas e Juscelino Medeiros respondendo às perguntas da ansiosa plateia que após todas as palestras tinham muitas perguntas acerca de como poderiam usar tudo que aprenderam para ajudar suas bases. Os advogados esclareceram que o for estabelecido em acordo coletivo não poderá ser modificado pela nova lei e que os acordos celebrados antes da sua vigência manterão sua eficácia pelo período definido entre a base e os patrões, o que foi um respiro aliviado para muitos dos presentes.

Luizinho declarou no encerramento do evento “Os grandes empresários que monopolizam toda a riqueza do mundo tentam desesperadamente enfraquecer a proteção ao trabalhador, logo, a representação sindical e pensam que assim serão capazes de eliminar a resistência feita contra a total precarização do trabalho, no entanto, o movimento sindical existe há muito tempo e resistimos durante revoluções, ditaduras e golpes e não será agora que arredaremos o pé. Vamos todos à luta sem temer.

DATA

22 setembro 2017

FONTE

NCST/SP