Motoristas vão ‘do céu ao inferno’ no trajeto do arco metropolitano

RIO – Usuários são unânimes: o novo trecho do Arco Metropolitano inaugurado pelo governo do Estado do Rio há seis meses é uma das melhores rodovias do país. Mas até esse trecho enfrenta alguns problemas que impedem a utilização de todo o seu potencial. E alguns deles chegam a ser surpreendentes. O motorista Amaro Freire da Silva, com 25 anos de experiência em estradas, comemora quando o rastreamento de seu caminhão permite que ele utilize o Arco, economizando duas horas de sua viagem de São Paulo a Salvador:

— Quando vou por lá ganho muito tempo, mas nem sempre me deixam. Meu caminhão é controlado por satélite, e o Arco Metropolitano ainda não aparece nas rotas.

A rodovia também sofre com a falta de postos de combustível. Por outro lado, o Arco tem iluminação com energia solar em todo o trajeto, sistema de pistas com olho de gato (sinalização asfáltica) e sonorizadores no meio-fio para evitar que os motoristas durmam na estrada, que nasceu duplicada e com traçado sem curvas drásticas.

— Não tenho dúvidas: este é o pior trecho da viagem — afirma o caminhoneiro paulista José Roberto Dutra, que cumpre a rota São Paulo–Itaboraí.

TEMOR DE ESGOTAMENTO DA VIA

O Ministério dos Transportes não comentou o atraso na duplicação do trecho. Mas, além desses problemas, usuários reclamam da falta de outras intervenções complementares na região. Sem elas, dizem, o esgotamento da via pode acontecer antes do imaginado, jogando por terra o ganho que o Arco Metropolitano está permitindo:

— Não podemos ficar apenas com o Arco Metropolitano. Para a região se desenvolver com qualidade, precisamos do Arco Ferroviário, com a resolução dos problemas de bitolas, a criação da Transbaixada e a ampliação da Via Light e da Linha Vermelha até Madureira. Do contrário, logo veremos o esgotamento da via — afirma Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional da Firjan na Baixada, em Nova Iguaçu.

FONTE: O GLOBO

DATA

26 Janeiro 2015

FONTE

O Globo