Mobilidade urbana é principal problema para novos prefeitos

Ministro afirma que R$ 60 bilhões estão sendo investidos para melhorar mobilidade, por meio de três programas do governo federal.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, deputado Domingos Neto (PSB-CE), afirmou que a mobilidade urbana é o principal problema a ser perseguido pelos novos prefeitos que tomam posse em janeiro. Segundo o deputado, essa é a questão que mais afeta a vida da população da periferia, que gasta, em média, duas horas para ir para o seu local de trabalho e mais duas para voltar para casa. “Para resolver o problema, que aumentou nos últimos 40 anos por conta do crescimento desordenado das cidades, e que reduziu a qualidade de vida da sua população, é que precisamos debater e conhecer sistemas que tiveram sucesso na sua implementação”.

Domingos Neto participa da mesa de abertura da 13ª Conferência das Cidades, que discute hoje e amanhã o tema “mobilidade urbana”. A conferência, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara, acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Hoje, estão previstos debates sobre a aplicação da Lei da Mobilidade Urbana (12.587/12) pelos municípios, a integração dos modais de transporte, os projetos de mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e as parcerias público-privadas (PPPs), entre outros.

Também integrante da mesa, o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública, afirmou que o principal objetivo da frente no evento é reunir esforços para discutir os grandes gargalos do país. “Se juntos não tivermos foco, uma gestão pública de resultados, continuaremos a ter os grandes problemas na máquina pública”, disse.

Investimentos de R$ 60 bilhões

O ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, afirmou que o momento atual é importante para mobilidade urbana no País porque o governo federal está enfrentando o problema, de forma evetiva, por meio de três grandes programas: o PAC Grandes Cidades, o Megacidades e os investimentos feitos nas 12 cidades sedes da Copa do Mundo. Segundo o ministro, juntos, os três programas englobam cerca de 100 dos maiores municípios brasileiros e contam com investimentos da ordem de R$ 60 bilhões. Ele enfatizou a necessidade de fortalecer a gestão pública porque ela garantiria “a possibilidade de planejar e executar as ações que o País precisa”.

O presidente da Câmara de Gestão de Desempenho e Competitividade da Presidência da República, empresário Jorge Gerdau, também fez um discurso focado na melhoria da gestão e, mais especificamente, no conhecimento dos processos envolvidos nela.

Segundo ele, “o domínio do processos é peça chave, é uma ferramenta decisiva pra definir o sucesso das atividades humanas”. Gerdau deu o processo industrial como exemplo. O processo nesse caso seria menos complexo por se tratar de uma linha reta. Mais complexo seria a gestão da prestação de serviços por envolver o desempenho de pessoas. “Como os governos são prestadores de serviço de suas comunidades, o domínio e a eficiência dos processos são mais importantes. Definir onde eu quero chegar pra alcançar resultados, quais são as metas, e o processo que me dará segurança para que elas sejam atingidas”, concluiu Gerdau.

A conferência prossegue no Centro de Convenções.

DATA

12 dezembro 2012