IV Congresso da Nova Central debate conjuntura social-político-econômica

Com o tema central Desenvolvimento com Justiça Social – Sem Nenhum Direito a Menos, tem início hoje, 26, o IV Congresso Nacional da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST. O evento, que acontece em Luziânia (GO), prossegue até a próxima quarta-feira, e reúne cerca de mil dirigentes sindicais e trabalhadores das indústrias, transportes, turismo e hospitalidade, educação e cultura e servidores públicos de todo o país.
Além dos temas relativos à atual conjuntura político-social-econômica, incluindo as propostas de reformas trabalhista e previdenciária em tramitação no Poder Legislativo, o Congresso tem na pauta a eleição da diretoria e definição das ações e atividades da gestão para o quadriênio 2017-2021. Os temas serão debatidos em comissões e, posteriormente, em plenária geral para elaboração do documento do IV Congresso. Os eleitos tomarão posse em solenidade ao final do evento.

A palestra de abertura do IV Congresso e de instalação das comissões de trabalho, nesta quarta-feira, a ser proferida pelo diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – Dieese, Clemente Ganz Lúcio, vai abordar a conjuntura do mundo do trabalho. Outros temas envolvem a Previdência Social e a Dívida Pública, com a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lúcia Fatorelli; e conjuntura nacional, com o economista e professor da Unicamp, Marcio Pochmann.

Expectativas e desafios

O presidente da Nova Central e candidato à reeleição, José Calixto Ramos, ressalta o momento de desafios por que passa a organização sindical, ante as ameaças de redução e até extinção de direitos conquistados a duras penas ao longo dos anos. “Há necessidade de o movimento sindical estar atento à tramitação das propostas e unido na luta contra as reformas, que representam enorme retrocesso dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e para a organização dos trabalhadores. Existe um trabalho orquestrado para acabar com a relação entre capital e trabalho e demolir a estrutura sindical que conservamos até hoje”.

Para o secretário-geral da Nova Central e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade – CONTRATUH, Moacyr Roberto Tesch Auersvald, o IV Congresso ocorre em momento crítico e desafiador. “O movimento sindical tem uma bancada desfavorável no Congresso nacional e as propostas em debate, usando o jargão da modernidade, têm uma voracidade para tirar direitos trabalhistas e previdenciários, trazendo perda de conquistas inimagináveis”, ressalta.
Segundo ele, são propostas que, se aprovadas, vão retirar direitos que os trabalhadores levarão anos e anos para recuperar. “É preciso que o movimento sindical como um todo se conscientize de que uma grande articulação deve ser feita nos estados e municípios e dentro do Legislativo. O IV Congresso acontece em momento importante para solidificar a história da Central e, principalmente, o posicionamento político forte diante das reformas e tentativas de desmonte do movimento sindical”.

Durante o domingo e toda a manhã de hoje chegaram caravanas de todos os estados e categorias da base da Nova Central.

DATA

26 junho 2017

FONTE

NCST