Centrais propõem ao governo fundo antidemissão

Representantes das principais centrais sindicais do país serão recebidos no Planalto nesta segunda (6). Entregarão ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) uma proposta a ser repassada a Dilma Rousseff. Sugere-se no texto a criação de um fundo para evitar o desemprego em tempos de crise.

Pela proposta, o novo fundo seria financiado pelo adicional de 10% que passou a incidir sobre a multa do FGTS. Coisa de 3 bilhões anuais. Essa multa é paga pelas empresas aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

Até 2001, a multa era de 40%. Foi elevada em 10% para cobrir despesas geradas pelos expurgos salariais impostos por planos econômicos dos governos Sarney e Collor. Cogita-se extinguir o adicional neste ano de 2012. As centrais sugerem que seja mantido e destinado à nova finalidade.

Pela proposta, empresas que comprovassem passar por dificuldades momentâneas ocasionadas pela crise econômica fariam acordos com os sindicatos. Teriam acesso ao novo fundo e suspenderiam temporariamente parte de sua produção. Em troca, manteriam os empregos. No período em que fossem liberados do expediente até seis meses, os trabalhadores fariam cursos de qualificação profissional.

Endossam o projeto as seguintes centrais: Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST, CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores. Inspiraram-se num fundo análogo que existe na Alemanha.

Se decidir encampar a proposta das centrais, Dilma terá que converter a sugestão num projeto de lei ou medida provisória, submetendo a novidade à aprovação do Congresso.

 

DATA

6 agosto 2012

FONTE

UOL