Alexandre Garcia comenta no Bom Dia Brasil sobre o movimento dos caminhoneiros

Comentarista fala sobre o impasse entre caminhoneiros e o governo. Uma paralisação de motoristas após uma lei causou transtornos no país.

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O direito de greve é legal, é legitimo. Mas os direitos individuais também devem ser respeitados.

Quando se bloqueia uma estrada, seja por caminhoneiro ou pela vizinhança em protesto, ou por algum dos chamados movimentos sociais, está se atentando contra os direitos coletivos e individuais.

Principalmente quando pessoas se armam de paus e pedras para atacar os que desejam passar. Está se tornando um hábito neste país, já que as autoridades, em geral, só ficam olhando, como se isso fosse legal.

Na verdade, as limitações de horário de caminhoneiros foram consideradas uma conquista quando a lei foi feita, para evitar a exaustão, o sono, o rebite, como são chamados os estimulantes, e os acidentes. Foi resultado de acordo entre representantes das empresas de transporte, e de motoristas, inclusive autônomos.

Agora, na hora de aplicar a lei, aparecem dificuldades. Mas não é uma posição que tenha a unanimidade do setor. O presidente da NTC, Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, por exemplo, afirma em carta à ANTT, que o movimento está contra uma lei que vai acabar com a sonegação, a informalidade e a exploração do motorista, mas reconhece que houve um equívoco da agência ao aplicar a lei.

A multa para quem não tem o pagamento eletrônico do frete, que substitui a carta-frete, deve ser cobrada de quem contratou o transporte e não do motorista. Agora terão 30 dias para as correções, mas se perderam alimentos, se atrasaram entregas e produtos para centrais de abastecimento saltaram de preço. E continua no ar a falta de segurança nas estradas.

 

 

DATA

2 agosto 2012

FONTE

Site do Bom Dia Brasil