Alerta: UGT tenta fundar sindicatos de forma fraudulenta

Não é de hoje que a União Geral dos Trabalhadores – UGT têm o nome envolvido em tentativas fraudulentas de fundar sindicatos. Desde 2009 a Fetropar vem barrando a ação de pessoas vinculadas a UGT, algumas vindas de São Paulo, em tentativas de fundar sindicatos sem representatividade.

Chegaram ao cúmulo de usar o nome de uma criança de três anos para assinar um edital de Pró-Fundação. Esse tipo de prática, que pode ser considerada criminosa, é abominada pelos representantes da Fetropar e dos sindicatos filiados.

Com o objetivo de dividir a categoria e, assim, arrecadar contribuições, essas pessoas vêm agindo de má fé no Paraná e, sem fiscalização teriam fundado sindicatos que, muito provavelmente, não trabalhariam em prol dos trabalhadores.

A Fetropar e seus sindicatos filiados impediram, e vão continuar impedindo todas as outras tentativas de golpe em outros setores do transporte e as medidas cabíveis foram tomadas impedir mais atentados contra a organização dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado Paraná.

Quem são

Roberto Alexandrino da Silva, vulgo Ceará, que em 2009 estava na comissão de Pró-Fundação do Sindicato dos Socorristas e Condutores de Ambulância do Estado do Paraná – Sindesconar, hoje se autointitula presidente desta entidade, que nem chegou a ser fundada e continua a ter o nome usado para supostamente representar os socorristas. Sindicato este, que não tem registro no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais – CNES. Veja o documento.

Jaime Ferreira dos Santos, que é presidente da UGT – PR Regional Litoral e do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Paranaguá – Sindeesp, esteve envolvido em três tentativas de fundação de sindicato.

Histórico

Em 2009, um menino de três anos foi usado como laranja na tentativa de fundar o ”Sindicato dos Condutores em Transportes Rodoviários de Cargas Próprias do Estado do Paraná”. No local marcado no edital de Pró-fundação, a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Paraná – FETROPAR descobriu que o responsável pelo edital era um garoto de três anos. Os pais estavam cientes do uso do nome do filho e vieram de São Paulo para Curitiba a mando do então presidente do Sindicato dos Condutores de Cargas Próprias de São Paulo – Sindicapro, Almir Macedo Pereira que os enviou para fundar o sindicato fantasma. O Sindicapro é filiado a UGT.

Almir Macedo Pereira já havia publicado mais três editais exatamente iguais a este do Paraná, em Minas Gerais, Paraíba e no Maranhão. Os editais eram iguais, com nomes de pessoas diferentes. A ideia era fundar mais quatro sindicatos em diferentes regiões, para junto com o Sindicapro (SP) poder fundar uma Federação Nacional. Confira a matéria na íntegra.

Em março do mesmo ano, a Fetropar teve que agir rapidamente para impedir a criação de um sindicato que supostamente iria representar a categoria dos motoristas. Desta vez, a tentativa foi de criar o “Sindicato dos Socorristas e Condutores de Ambulância do Estado do Paraná”, conforme Edital de Convocação publicado no Diário Oficial da União no dia 09/03. Com uma decisão liminar da 11ª Vara do Trabalho de Curitiba, a Fetropar conseguiu impedir a ação dos picaretas. Na comissão de Pró-Fundação estava Roberto Alexandrino da Silva, vulgo Ceará, que atualmente se autointitula presidente do Sindesconar – Sindicato dos Socorristas, Resgatistas e Condutores de Ambulância do Estado do Paraná. O edital de pró-fundação era assinado por Jeferson de Paula. Confira a matéria na íntegra.

A tentativa se repetiu em setembro, quando, novamente, foi publicado um edital de Pró- Fundação do “Sindicato dos Socorristas e Resgatistas do Estado do Paraná” – que tentava incluir em sua base os motoristas de ambulância, que já são representados pelos Sindicatos dos Rodoviários. Ao chegar ao local, os dirigentes da Fetropar e do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Curitiba e Região – Sindesc descobriram que se tratava na realidade da sede do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Paranaguá -Sindeesp. Como nenhum dirigente do Sindeesp ou o responsável pelo edital estavam presentes (apenas uma funcionária), os representantes do Sindesc e da Fetropar lavraram uma ata para registrar que não houve a realização da assembleia. O edital era assinado por Jaime Ferreira dos Santos, presidente da UGT Regional Litoral e do Sindeesp. Confira a matéria na íntegra.

Jaime Ferreira dos Santos tentou mais uma vez, em 2009, fundar o “Sindicato dos Socorristas e Resgatistas e Condutores de Ambulância do Estado do Paraná” no dia 28 de dezembro de 2009. O edital era assinado por ele mesmo. Porém, desta vez, Jaime e seu advogado foram notificados por uma oficial de Justiça. Confira a matéria na íntegra.

2010

O sindicato fundado desta vez seria o “Sindicato dos Guicheiros Removedores de Veículos do Estado do Paraná”. No dia 30 de outubro de 2010 os representantes dos trabalhadores motoristas, inclusive condutores de guinchos, de todo o estado foram ao local para contestar tal tentativa de dividir a categoria. Entre os fundadores estava Francisco José Pereira da Silva (Chicão), presidente do Sindicato dos Guincheiros e Removedores de Veículos do Estado de São Paulo – filiado a UGT, que do lado de dentro do portão, cercado de seguranças, negou a entrada dos representantes dos trabalhadores que tentavam participar da assembleia.

Coincidentemente, o prédio da assembléia, era o mesmo onde fica localizada a sede do Sindicato das Empresas de Guinchos do Estado do Paraná (Seguipar). A assembleia foi anulada pela Justiça do Trabalho. Confira a matéria na íntegra.

2012

Jaime Ferreira dos Santos não desiste e tenta fundar mais um sindicato sem representatividade, desta vez em Paranaguá, o “Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos Motonetas e Motocicletas do Litoral do Estado do Paraná” – categoria esta, que já é representada pelo Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Paranaguá – SINDICAP.

No dia 30 de janeiro de 2012, a Fetropar e os sindicatos filiados – Sindicap, Sindimoc, Sintramotos, Sintrovel e Sinttrol, encontraram apenas três pessoas representando a Comissão Pró-Fundação: Ailton Alves dos Santos, guarda-municipal, Jaime Ferreira dos Santos e Yuri Guermann Ribeiro Nunes, Secretário Executivo da UGT Paraná. Surpreendidos pela presença dos dirigentes, os mesmos alegaram que havia um erro no edital e que a assembleia não seria realizada, pois, segundo eles, o sindicato fundado seria o Sindicato dos Motociclistas Autônomos.

O litoral do Estado do Paraná conta com apenas 93 motociclistas com vínculo empregatício, deixando claro que o objetivo desses supostos sindicalistas é de dividir e enfraquecer a categoria. A tentativa de fraude foi registrada pelo cartório de Paranaguá em Ata Notarial. Confira a matéria na íntegra.

 

DATA

15 Fevereiro 2012

FONTE

FETROPAR