Agressão a motorista pode paralisar o transporte coletivo em Porto Alegre

A agressão a um motorista da Carris, na manhã desta terça-feira, pode incentivar a paralisação de todos os ônibus de Porto Alegre. Segundo o sindicalista Alceu Weber, por volta das 7h50min, um passageiro agrediu verbalmente um rodoviário. Seguindo orientação do sindicato, o motorista entrou em contato com o comando de greve da Carris e recolhe o veículo à garagem.

Weber disse que a agressão teria partido do passageiro que, ao ver o coletivo lotado, começou a agredir verbalmente o motorista e por pouco não partiu para a agressão física. Caso haja agressão física, os rodoviários devem parar:

— É a primeira situação de ontem (segunda-feira) para cá. Essa passa, mas caso se repita, vamos recolher todos os carros e parar todo o sistema por falta de segurança.

Reforço

Os sindicalistas afirmam terem colocado 444 veículos nas ruas, oito a mais que o mínimo correspondente a 30% da frota ideal. De acordo com Weber, na Carris foram reforçadas as linhas T11 e 343 – Campus Ipiranga.

A greve

Os usuários de transporte coletivo em Porto Alegre enfrentam, nesta terça-feira, o segundo dia de greve dos rodoviários. O único alento, em relação à segunda-feira, é que a frota reduzida, com 436 coletivos, saiu mais cedo para a rua. Às 7h30min, 30% da dos ônibus estava na rua.

Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito José Fortunati voltou a levantar suspeitas a respeito da mobilização pacífica realizada pelos rodoviários, que “no primeiro dia sequer mobilizaram piquetem em frente às empresas”. Devido à falta de negociação entre trabalhadores e empresas de ônibus, a paralisação da categoria deve continuar por tempo indeterminado.