1º de Maio – Dia de homenagens e de luta por conquistas

Desde sua origem, em 1889, o Dia Mundial do Trabalho é uma data em homenagem aos milhares de trabalhadores que saíram às ruas de Chicago em greve geral, para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos – muitos deles presos, feridos e até mesmo mortos nos confrontos com a polícia –, mas também é um dia de reforçar a luta por respeito aos direitos e por ampliação das conquistas.

Neste 1º de Maio, 125 anos após aquele momento transformador do mundo do trabalho, a Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST ressalta que muitas foram as conquistas e que muitos ainda são os desafios que o movimento sindical tem pela frente, no sentido de garantir emprego e relações humanas; jornada decente e salários dignos; saúde e segurança; respeito aos direitos; e qualidade de vida para aqueles que produzem a riqueza do país em benefício de toda a sociedade.

Sob a coordenação das entidades filiadas a Nova Central realiza eventos em diversas cidades pelo país no sentido de reforçar as bandeiras de luta reivindicadas pela 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, ato unificado das centrais sindicais, realizado no último dia 9 de abril, e que reuniu 50 mil trabalhadores na capital paulista, Por mais direitos e qualidade de vida.

A mobilização visa massificar a pauta trabalhista, a fim de pressionar o Governo Federal e o Congresso Nacional a avançarem em questões como redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; fim do fator previdenciário; atualização da tabela do Imposto de Renda; mais recursos para saúde e educação; e combate às terceirizações, entre outras bandeiras específicas das categorias que representa.

Neste ano de eleições gerais e copa mundial de futebol, a classe trabalhadora terá de se unir e concentrar esforços numa pauta mínima a ser
reivindicada junto ao governo e ao Congresso Nacional. Dirigentes sindicais e analistas políticos avaliam que o Executivo e o Legislativo devem adiar a discussão de temas complexos, especialmente, os que tenham reflexos na política econômica. O ano será curto para uma pauta extensa. O governo vai tentar, de todas as formas, impedir a votação de proposições que aumentem os gastos da União.

No documento Pelo desenvolvimento com soberania, democracia e valorização do trabalho, as centrais cobram uma agenda com vistas a garantir um desenvolvimento com geração de emprego de qualidade e distribuição da riqueza. Ao discutir uma pauta ampliada, e não apenas com questões específicas do trabalho, as entidades querem assegurar o apoio da sociedade às suas reivindicações. “Os avanços registrados nos indicadores sociais e econômicos dos últimos anos revelam que é possível combinar crescimento econômico com desenvolvimento social”.

“A Nova Central e suas entidades estaduais, confederações, federações e sindicatos filiados convocam o movimento sindical a refletir e a reforçar seu compromisso com a melhoria das relações do trabalho e da qualidade de vida da classe trabalhadora. A Nova Central parabeniza todos os que lutaram e os que continuam na batalha por uma sociedade mais justa e solidária. A mobilização continua e vamos à luta até a vitória!”, ressalta o presidente da NCST, José Calixto Ramos.

Vão realizar eventos comemorativos ao Dia do Trabalhador as estaduais da Nova Central em Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Amazonas/Roraima, Pará/Amapá, Bahia, Maranhão e Distrito Federal. As estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba, Sergipe e Piauí terão mobilizações organizadas pelos sindicatos filiados.

DATA

30 Abril 2014

FONTE

NCST